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Ari Riboldi: por que o jogador ruim é chamado de cabeça de bagre?

Ari Riboldi: por que o jogador ruim é chamado de cabeça de bagre?

A expressão é uma ofensa a qualquer jogador de futebol. Por quê? O professor e escritor Ari Riboldi mostra a origem da gíria dos campos de futebol.

Por: Ari Riboldi, professor e escritor

A Seleção Brasileira de futebol vence, mas não convence. Às vésperas das eliminatórias para a Copa do Mundo, a desconfiança ronda o torcedor. A equipe de Dunga não empolga, não sai de um futebol medíocre, previsível. Não se questiona o profissionalismo, a dedicação e o empenho. Pelo contrário, há suor, transpiração, porém pouca inspiração. Falta a coragem de passar para um novo patamar, com esquema moderno, de futebol que se imponha pela rapidez, velocidade, com alternativas de esquema e de jogadas. Será que a vergonha dos 7 a 1 da última Copa ainda assombra o vestiário e a equipe técnica?

O torcedor está distante, quase alheio. Na sua lembrança, seleções de craques — Garrincha, Pelé, Rivellino, Falcão, Zico, Romário —, que num lampejo superavam adversários e decidiam o jogo. As demais seleções evoluíram, e a nossa, estacionou, ficou para trás. Não há mais os craques, que quebravam esquema, deixavam adversários para trás pelo raro talento. Há jogador comum, esforçado, pé de boi, burocrata, carregador de piano. Faltam os maestros que executem harmonias e variações melódicas de esquemas e surpreendam os adversários em concertos audaciosos, compatíveis com o novo estágio mundial do esporte.

Por que será que predominam os cabeças de bagre? Por que os talentosos andam escassos? O bagre é um peixe preguiçoso, de águas turvas e barrentas. Pouco se movimenta e é facilmente fisgado pelo anzol, pois, acomodado, come o que lhe aparece. Possui imensa cabeça, desproporcional ao resto do corpo, mas de um cérebro diminuto. Por isso é metáfora de pessoa de pouca inteligência, idiota, incapaz de aprender algo ou que tem dificuldade para tal. Na gíria do futebol, é o jogador tosco, sem intimidade com a bola, que lhe bate nas canelas, volta, não quer parar. O resultado é um futebol comum, sem harmonia, facilmente superado pelo adversário.

Como recuperar o futebol brasileiro, sua hegemonia, a camisa verde-amarela que impunha respeito e causava medo nos adversários? Desafios que se impõem, expectativas de um torcedor ainda descrente, distante. Vamos lá, Dunga! Ousadia, confiança, superação e, sobretudo, novo jeito de atuar, compatível com o estágio mundial do futebol.

Artigo publicado no jornal Zero Hora, Esportes, coluna “De fora da área”, de 08/09/2015

 

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